sábado, 17 de julho de 2010

Álcool - THE drug

Certamente, o álcool é a droga mais presente em nossas vidas. Muitas pessoas bebem com relativa freqüência e é muito raro conhecer alguém que nunca tenha sequer experimentado essa droga. Obtido a partir de cana-de-açúcar, cereais ou frutas por processos de fermentação ou destilação, o álcool é uma droga socialmente aceita, e até incentivada, que ocupa o segundo lugar das substâncias psicoativas mais consumidas no mundo, perdendo apenas para a cafeína. Em pequenas doses, causa desinibição, euforia, perda de capacidade crítica; porém, em doses maiores, causa sensações de anestesia, sonolência, sedação. O uso excessivo pode provocar náuseas, vômitos, tremores, suor abundante, dor de cabeça, tontura, liberação da agressividade, diminuição da atenção, da capacidade de concentração, bem como dos reflexos, o que aumenta o risco de acidentes. Já o uso prolongado pode ocasionar doenças graves como, por exemplo, cirrose no fígado e atrofia (diminuição) cerebral.

O álcool corresponde à principal droga de iniciação, isto é, aquela primeiramente experimentada pela maioria das pessoas, talvez por ser tão comum ao nosso cotidiano, tendo exemplos inclusive dentro de casa, em comemorações de família. A falta de instrução dos pais para com os filhos e a não-recriminação do uso, faz com que o início do uso seja mais precoce. O gráfico abaixo demonstra sua baixíssima média de iniciação.



Como todas as drogas, o usuário de álcool pode desenvolver um quadro de dependência, o que causa um problema social muito grave. Pior do que isso, ele não é o único prejudicado nessa história: acidentes de trânsito, violência domiciliar, homicídios, estupros, pedofilia, entre vários outros males da sociedade estão diretamente associados ao consumo do álcool. Hoje, calcula-se que aproximadamente 16 milhões de brasileiros são dependentes dessa droga, o que exige muita preocupação de nossas autoridades e da população, em geral.

Na maioria dos casos, a pessoa não reconhece que está exagerando nas doses e para ela o alcoolismo ainda está longe. Conceituar o que é um consumo aceitável e moderado de álcool é uma tarefa praticamente impossível, pois idéias diferentes são transmitidas para cada pessoa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que o alcoolismo está instalado quando a ingestão diária assume 60 gramas, aproximadamente equivalente a 1200mL de cerveja, ou a 2 doses de destilados (uísque, vodca, cachaça, entre outros), ou a 1 garrafa de vinho. A OMS ainda recomenda que o álcool não seja ingerido, nem em pequenas quantidades, em algumas situações, dentre elas:

  • Mulheres grávidas ou tentando engravidar;
  • Menores de 18 anos;
  • Pessoas que planejam dirigir ou que estão realizando tarefas que exijam alerta e atenção como a operação de uma máquina;
  • Pessoas em uso de medicações;
  • Pessoas com condições clínicas que podem ser pioradas com o uso do álcool como a hipertensão e o diabetes;
  • Alcoolistas em recuperação;

O neurobiólogo, James Olds, definiu nos anos 60 que possuímos um "sistema cerebral de recompensa". Quando uma pessoa realiza algo que lhe cause um efeito de alguma forma agradável, essa ação adquire um caráter de recompensa e é por isso que as pessoas voltam a repetir essas ações, como forma de buscar sempre aquele prazer uma vez proporcionado.

Por isso, não se pode negar que a bebida alcóolica, apesar de nem sempre ser apreciada/saboreada pelas pessoas, causa a todos uma sensação boa, de alívio, de relaxamento. É responsável por um momento de descontração, sociabilização, desinibição, muitas vezes só atingido com uma biritada. No entanto, esse consumo deve ser moderado, responsável e esporádico, para não exceder a capacidade que nosso órgãos possuem de metabolizar o etanol. Além disso, deve ser feito em situações pertinentes e em LOCAIS CORRETOS. Ultimamente temos vistos vários estudantes de curso superior (isso mesmo, 3º grau) reinvindicando por espaços para festas dentro da própria Universidade. E quando conseguem, comemoram com muita bebedeira e desrespeito à Instituição. Esses serão os nossos profissionais do futuro? Iremos bebemorar nosso fracasso em Centro Acadêmicos "party all the day" ? A UnB, em especial, precisa repensar suas estratégias de administração, pois freqüentemente temos vistos histórias aterrorizantes de alunos e professores engajados por conhecimento que esbarram com percalços administrativos que priorizam espaços físicos da Universidade para beneficiar os alunos desengajados com a vida (foi o caso da desocupação do "corredor da morte", dos alunos da veterinária que ficaram sem sala de aula para realizar provas, entre outros). E esse não é um problema apenas da nossa Universidade, mas de um sistema de educação no país inteiro (leia esse absurdo sobre USP - Ribeirão)

Tenhamos sempre o discernimento para tomarmos atitudes com RESPONSABILIDADE. Senão........




Cheers,

Felipe Martins - MED 91

Referências Bibliográficas
- http://www.adroga.casadia.org/alcoolismo/Mecanismo_de_acao_do_etanol.htm
- http://www.casadiajau.org/guia/03_tipos_drogas.htm
- www.fmabc.br/admin/files/revistas/31amabc_supl2_04.pdf
- http://www.alcoolismo.com.br/alcoolismo.htm

Um comentário:

  1. adorei o vídeo! sao tipo os videos que eu gravei do pessoal no intermed ahahahahahaha
    bjs, duda

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