domingo, 18 de julho de 2010

Depressão: serotonina e estresse.

Boa noite!
Em mais um capítulo sobre a serotonina e suas correlações, abordaremos a mais comum entre todas as enfermidades psiquiátricas: a depressão.



A depressão é identificada em pessoas que sentem uma tristeza que não tem fim, muito diferente de quando nos entristecemos passageiramente com coisas da vida cotidiana. É um quadro patológico que merece atenção, pois interfere em todos os aspectos da vida do doente: atrapalha o sono, o apetite, a libido, a socialização e o trabalho. Além disso, a depressão têm grandes índices de mortalidade; seja devido à complicações clínicas ou ao suícidio.


A explicação mais aceita por muitos anos era a de que a depressão se devia exclusivamente a baixos níveis de serotonina. Entretanto, nos últimos anos essa concepção vêm mudando bastante, e hoje acredita-se que a depressão é dada devido a uma forte relação entre o neurotransmissor serotonina e os níveis de estresse do doente. Aliás, recentemente foi publicado na revista Nature Neuroscience um artigo (leia-o na íntegra aqui) da pesquisadora brasileira Ana Cristina Ribeiro Magalhães que fala sobre esse elo bioquímico. Para ler mais sobre isso,clique aqui.

Resumindo as explicações, pode-se dizer que o que acontece é que, reagindo à situações de estresse, o hipotálamo produz um hormônio (CRF) para convencer a hipófise a ordenar que as supra-renais comecem a secretar cortisol. O segredo está então nos receptores dos neurônios; que irão desencadear ações diferentes na presença de sinais enviados pela serotonina e pelos hormônios.

Isso explica a relação entre estresse na infância (existem períodos críticos nessa fase da vida em que traumas levam a uma secreção absurda de CRF) e desenvolvimento de depressão. Em um estudo clínico feito na Universidade Emory, em Atlanta, detectou-se que 45% dos adultos com quadros depressivos de pelo menos dois anos de duração haviam sido abusados, neglicenciados ou sofrido perda dos pais na infância.

O tratamento da depressão é feito com antidepressivos. Esses são remédios que aumentam o tônus psíquico melhorando o humor e, consequentemente, melhorando a psicomotricidade de maneira geral. Eles se baseiam principalmente em um aumento da disponibilidade de neurotransmissores no SNC, notadamente a serotonina. O local de ação dos antidepressivos é o sistema límbico, aumentando a concetração de 5HT na fenda sináptica através da inibição de sua recaptação pelos receptores pré-sinápticos.

É isso aí pessoal, espero que o post tenha sido útil :D (apesar que vamos aprender na prática como é a depressão depois da nossa bateria de provas semana que vem, vishhhhhhh).




Até mais!
Maria Eduarda- MED91.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/465/estresse-e-depressao
http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/alternative-medicine/1796100-ganhe-batalha-contra-depress%C3%A3o/

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